Maze Runner: Ordem de Extermínio é um dos spin-of da saga Maze Runner e conta a história de 13 anos antes de Correr ou Morrer. Vale a pena ler?
Maze Runner: Ordem de Extermínio foi lançado no Brasil pela editora V&R em 2013. O livro conta a história antecedente a Correr ou Morrer, antes da instituição CRUEL existir.
Fique tranquilo, não contarei spoilers além da sinopse.
O livro divide a opinião dos fãs da saga, julgando-o desde bom a inútil e cansativo. Enquanto eu lia o livro, pude pesar os dois sentimentos na balança e chegar uma conclusão equilibrada: se você é muito fã da série, vale a pena ler; se você gostou de ler a trilogia principal e se “cansou” com ela, melhor não arriscar.
Um prólogo empolgante!
A primeira palavra do livro, no prólogo, é “Teresa”. Sei que muitos não gostam dela, mas depois de terminar a trilogia e entender as motivações da Teresa, ela passou a ser minha personagem favorita (por favor, não me odeiem).
Ordem de Extermínio começa com um prólogo superimportante! Sim, são cinco páginas que contam um pedaço da história de Correr ou Morrer que todos queriam saber: o início.
O prólogo é uma grande referência à trilogia principal e acaba te vendendo o peixe errado: que, ao ler o livro, você vai conhecer um passado relevante. Foi essa minha sensação.
Depois do prólogo, empolgação vs monotonia
Após o prólogo, Ordem de Extermínio nos conduz para 13 anos atrás, mais ou menos um ano após a catástrofe das chamas solares, quando ainda não exista o fulgor e o resto da humanidade se refugiu em assentamentos, não sabendo quais governos ainda estavam de pé.
É em um desses assentamentos que a jornada dos novos e desconhecidos personagens começa, após a chegada de um berg carregado de pessoas com vestes de proteção contra contaminação biológica.
O começo é muito bom! Quando um autor quer contar o passado de sua história principal, seu objetivo é fazer o leitor assimilar passado e presente e montar o quebra-cabeças… e é exatamente isso que senti falta em Ordem de Extermínio porquê ele se perde no meio do caminho.
Eu esperava que ele cumprisse alguns objetivos básicos: mostrar como o fulgor surge e se torna uma epidemia, mostrar o passado das crianças que se transformarão nos personagens principais, mostrar a formação do CRUEL e também falar sobre as chamas solares. Posso dizer que ele cumpre uns 45% disso.
O livro se estende muito, muito, mas muito contando a história de apenas uma das crianças enquanto usa pouco mais de duas páginas para contar a história de outra.
Para mim, faltou um pouco mais de CRUEL e dos bastidores políticos que desencadearam toda a ação do livro. Esse livro seria ótimo se não se concentrasse em apenas um núcleo de história, mas em outros personagens com motivações e ideologias bem fundamentadas – ele até tenta, mas esses personagens são jogados e, de repente, aparecem em momentos de clímax e somem tão rápido quanto apareceram.
Um final previsivelmente bom
Durante a leitura de Ordem de Extermínio, o final se torna óbvio a cada página virada, mas isso não é ruim! No último ato do livro, você finalmente começa a sofrer junto com os personagens.
O desfecho é como eu gosto: as consequências reais do desenvolver do primeiro e segundo atos, sem soluções mirabolantes e quase milagrosas para tentar forçar um final “bonito” – por isso, o final é realmente bonito.
Epílogo um pouco frustrante
Ordem de Extermínio tem, mais ou menos, 379 páginas. Dessas, umas 377 contam a história principal, mostrando o passado de uma das crianças – com um longo pedaço monótono – e apenas 2 páginas de epílogo contando o passado de uma segunda criança.
Ao chegar nessas páginas e, consequentemente no final do livro, o leitor sente que a história do epílogo poderia ter sido muito melhor utilizada no meio do livro, onde a história principal se perde e se torna um tanto chata.
Só para frustrar um pouco mais, o epílogo conta a história que a maioria dos fãs queria saber. Em duas páginas.
E então…
Nota: 2.5/ 5
Recomendo: para fãs da trilogia principal
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